Monday

As Vinhas da Ira






"Este era um país de gigantes. Onde se meteram? Não se pode defender um país com um conjunto de administradores. Para isso é preciso homens. Onde estão? Encontrem-me dez americanos capazes e encorpados que não tenham medo de ter uma convicção, uma ideia num campo impopular e eu terei encontrado a maior parte de um exército pronto a lutar."


As Vinhas da Ira é o título de um belíssimo, comovente e humano livro de Jonh Steinbeck (1902-1968) que conta a história de uma família de migrantes em tempos de provação e angústia como o foram os que se seguiram ao crash da bolsa de Nova Iorque, em Outubro de 1929. O livro foi também adaptado ao cinema. Steinbeck viria a ser galardoado com o prémio Nobel da literatura em 1962.

http://static.publico.clix.pt/docs/cmf/autores/johnSteinbeck/amanha.htm

Sunday

Crise_1929

Mother Migrant







Fotografias de Dorothea Lange, em Março de 1936, Califórnia



Dorothea Lange foi uma extraordinária fotógrafa que, com uma máquina nas mãos, percorreu os EUA  fotografando a tristeza nos rostos e a angústia nas almas dos homens e das mulheres que viveram os tempos da Grande Depressão. Tirou milhares de fotografias que são um fantástico "livro de História" onde podes ver , pelos seus olhos, a dureza e a desesperança que se abateu sobre quase todos naquela época. Além de uma extraordinária artista era também uma alma sensível ao sofrimento e desgraça alheias.

Faz uma pesquisa no google sobre Dorothea Lange e fica a conhecer melhor a década de 30 do séc passado.

Saturday

A prosperidade dos anos 20

Revista Life (1927)Para os americanos, a vida corria sem preocupações


Uma vez ultrapassadas as dificuldades da Primeira Guerra Mundial e vencida a crise económica do princípio da década, alastrou no mundo desenvolvido uma onda de optimismo e confiança no futuro. Principalmente a sociedade americana, onde o desenvolvimento económico tinha conduzido à elevação do nível de vida de largas camadas da população, parecia ter entrado numa nova era de felicidade. Subsistiam, contudo, desigualdades gritantes na sociedade americana. Por exemplo, os negros tinham os empregos mais desclassificados e pior remunerados, estavam privados de direitos políticos e viviam num regime de segregação: frequentavam escolas distintas dos brancos, tinham zonas próprias nos transportes públicos e salas de espectáculo, estava-lhes vedada a entrada em muitos estabelecimentos comerciais.
Apesar disso, o clima geral era de euforia:

. Cresciam os lucros das empresas.
. Ao lado das grandes fortunas, também as classes médias investiam as suas poupanças na bolsa.
. Os bancos ofereciam crédito aos consumidores é aos investidores.
Os Americanos acreditavam na força da sua economia e uma era de crescimento e prosperidade ilimitadas parecia estender-se pelo horizonte. Dois anos, depois o mundo iria perceber que nada é garantido.

Crise Financeira



LIberalismo ou intervencionismo?




Durante gerações, os governos basearam-se na teoria do equilíbrio natural das forças económicas. Segundo essa teo­ria, se se deixarem as forças económicas funcionar livremente entre si, como aconteceu até agora, elas acabarão por chegar a um equilíbrio. A verdade, porém, é que, enquanto isso não sucede, teremos metade do País mendigando nas ruas e reduzido à fome mais terrível. [...] A intervenção do Estado, tornando-se o motor da economia, pode ser a forma de impedir as perdas em vidas humanas, em saúde e em bem­-estar.

New York Times, 29 de Outubro de 1933.

A Mundialização da Crise





Em Outubro de 1929, após uma dé­cada de grande crescimento econó­mico, rebentou na Bolsa de Nova lorque uma grave crise financeira. Até 1933, todos os sectores de pro­dução foram atingidos, o que origi­nou enormes vagas de desemprego.
Em resultado da preponderância ameri­cana na economia capitalista, a Grande Depressão alastrou praticamente a todo o mundo. A produção e os preços caíram, o marasmo agrícola acentuou-se, o comércio internacional quebrou. Por toda a parte, genera­lizaram-se o desemprego e a miséria. Então, numa tentativa de ultrapassar a Grande Depressão, os gover­nos intervieram na economia. De todos os programas postos em prática, destacou-se o do presidente americano Roosevelt,o "New Deal".

New Deal



O New Deal concretizou-se sobretudo nas seguintes medidas:
Lançamento de grandes obras públicas - barragens, estradas, pontes, hospitais, escolas - criando assim novos postos de trabalho e garantindo encomendas às empresas fornecedoras.
Atribuição de subsídios aos agricultores que diminuíssem a produção, de forma a fazer com que subissem os preços dos produtos da terra.

Estabelecimento de um rigoroso controlo sobre a actividade dos bancos, para impedir a especulação.

Promulgação da Lei de Recuperação da Indústria Nacional, atenuando a concorrência entre as empresas do mesmo sector, aumentando os salários ao mesmo tempo que diminuía a jornada de trabalho, o que teve como efeito o aumento do consumo e do número de postos de trabalho.





A presidência de Roosevelt caracterizou-se ainda por

- avanços importantes no domínio dos direitos sociais, como a fixação do horário máximo de trabalho em 44 horas, o restabelecimento do direito à greve, o reconhecimento do direito dos sindicatos a negociar os contratos de trabalho, a criação do salário mínimo
- fundação de um sistema de segurança social alargado
que garantia a protecção na velhice e em caso de desemprego ou invalidez criando-se assim o Welfare State ou Estado de Bem Estar e que na uropa ficou conhecido por Estado-Providência.

Síntese Esquemática


Quando a Europa retomava a prosperidade, interrompida pela Primeira Guerra Mundial e as dificuldades que se lhe seguiram, sofreu os efeitos da violenta crise que se abateu sobre a economia mundial. As crises económicas do sistema capitalista não eram desconhecidas, mas nunca como nos anos 30 as suas consequências foram tão devastadoras. Os seus primeiros sintomas registaram-se nos Estados Unidos e foi a amplitude que atingiu nesse país que, comunicando-se ao resto do mundo, levou à paralisia do comércio mundial, à quebra da produção e à agudização dos conflitos sociais e políticos numa Europa ainda mal refeita do desastre humano e económico que tinha sido a Primeira Guerra.
Ficaram então patentes as fragilidades das democracias liberais: em primeiro lugar, porque não foram capazes de impedir ou mesmo limitar os efeitos da crise económica; em segundo lugar, porque, em muitos casos, não conseguiram resistir às forças antidemocráticas que no seu seio acabaram por impor regimes ditatoriais.
Nos países em que se mantiveram as instituições democráticas existiu também uma reformulação do papel do Estado que passou a assumir maiores responsabilidades na definição e condução da vida económica, face à incapacidade das empresas de, por si sós, promoverem o relançamento da economia. Na União Soviética, onde nos anos 30 o Estado era senhor de toda a produção reduzindo quase a zero a iniciativa privada, os efeitos da crise foram praticamente nulos dada a sua fraca integração na economia mundial, registando-se até um assinalável crescimento da produção industrial. Mas aí acabou-se por se instalar também uma ditadura que, em nome do proletariado, reprimiu ferozmente todas as suspeitas de oposição. Foi neste quadro de fortes clivagens ideológicas e políticas e de crise económica que se desenvolveram as forças, à cabeça das quais se encontram as políticas agressivas e imperialistas dos Estados fascistas, que conduziram à Segunda Guerra Mundial.

Um dos principais factores que contribuíram para a Grande Depressão económica de 1929 foi a crise de superprodução, que provocou um desequilíbrio entre a oferta e a procura e uma crescente especulação bolsista.

A crise foi desencadeada em Outubro de 1929, pelo crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A crise financeira levou a uma crise económica: falência de bancos, falência de empresas, aumento do desemprego, redução do poder compra, diminuição do consumo, aumento dos stocks de mercadorias e baixa de preços.

A crise de 1929 iniciou-se nos EUA, mas rapidamente tornou-se mundial devido à dependência que as economias dos países europeus e das c6lbn;ias europeias de África, América Latina, Ásia e Oceânia tinham face aos Estados Unidos.

Para ultrapassar a crise, o Governo do presidente Roosevelt pôs em prática o New Deal, uma política económica intervencionista e proteccionista, cujos principais objectivos eram: relançar o consumo, controlar a produção e diminuir o desemprego.

Na Europa, países como a Grã-Bretanha e a França também adoptaram políticas democráticas de intervenção do Estado na economia, aplicando legislação proteccionista de carácter económico e social, regulamentando produção e concedendo subsídios.

Ciclo Vicioso da Crise




Thursday

1945 Novo Quadro Geo-Político



Conferência de Ialta
Conferência de Postdam
ONU
FMI
BIRD (Banco Mundial)
Descolonização 
Doutrina Truman
Doutrina Jdanov
Plano Marshal
Comecon
Ponte Aérea de Berlim
Otan
 Pacto de Varsóvia




Guerra do Vietname

Kim Phuc, nua, fugindo da sua aldeia depois desta ter sido bombardeada com Napalm pelos EUA.
(8 de junho de 1972)




"Em 1972, os americanos lançaram uma bomba de napalm em meu povoado, no sul do Vietname.
Um fotógrafo, Nick Ut, tirou uma foto minha fugindo do fogo, a foto que hoje é tão famosa. Eu me lembro que tinha 9 anos, era apenas uma menina. Naquela noite, nós do povoado havíamos ouvido que os vietcongues estavam vindo e que eles queriam usar a vila como base. Então, quando já era dia, eles vieram e iniciaram os combates no povoado. Nós estávamos muito assustados. Eu me lembro que minha família decidiu procurar abrigo em um templo, porque nós acreditávamos que lá era um lugar sagrado. Nós acreditávamos que, se nos escondêssemos lá, estaríamos a salvo. Eu não cheguei a ver a explosão da bomba de napalm; só me lembro que, de repente, eu vi o fogo me cercando. De repente, minhas roupas todas pegaram fogo, e eu sentia as chamas queimando meu corpo, especialmente meu braço. Naquele momento, passou pela minha cabeça que eu ficaria feia por causa das queimaduras, que eu não ia mais ser uma criança como as outras. Eu estava apavorada, porque de repente não vi mais ninguém perto de mim, só fogo e fumaça. Eu estava chorando e, milagrosamente, ao correr meus pés não ficaram queimados. Só sei que eu comecei a correr, correr e correr. Meus pais não conseguiriam escapar do fogo, então eles decidiram voltar para o templo e continuar abrigados por lá. Minha tia e dois de meus primos morreram. Um deles tinha 3 anos e o outro só 9 meses, eram dois bebés. Então, eu atravessei o fogo." ( Kim Phuc em entrevista à BBC)




Com o foto-jornalista, Nick Ut, na actualidade.

Hoje com 48 anos ela é casada, mãe de dois filhos e reside no Canadá onde preside à "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra. É, também, embaixadora da UNESCO.



Sunday

Dizzy Gillespie

Sociedade e Cultura num Mundo em Mudança

No decurso da 1ª metade do século XX assistiu-se a profundas mudanças sociais e culturais. Apareceram novos géneros musicais como o Jazz, o Foxtrot, o Charleston...nasceu o gosto e a moda dos clubes nocturnos, dos cabarets, das casas de chá e dos clubes. Novas formas de expressão e de dança surgiram também. Uma dança muito famosa foi o sapateado ou Tap Dance de que podes ver aqui uma apresentação tirada do filme Cotton Club (1984)


A seguir podes ver os originais com o maior dançarino de sempre, Fred Astaire.
Fred Astaire, a grande estrela de cinema dos anos 30 e 40 do séc passado, teve várias parceiras de dança mas foi com Eleanor Powell que a  arte do sapateado alcançou o seu maior brilho.
Ninguém dançava como eles.

Viver em 1920