Tuesday

Objectivos de Aprendizagem

Hegemonia Europeia



Explicar a preponderância económica da Europa no início do séc XX:

A Europa dominava o mundo:

-fábrica do mundo;.
-principal centro de comércio.
-maior banqueiro mundial;
- enriquecimento provocado pela industrialização.
- domínio imperialista/colonialista sobre várias zonas do globo.

Identificar os países europeus mais industrializados.

Grã Bretanha, França, Bélgica, Alemanha

Relacionar o recrudescimento do imperialismo, com o desenvolvimento do capitalismo industrial e financeiro.

-obtenção de matérias primas a baixo preço;
-fazer reinvestimentos rentáveis;
-dominar novos mercados de escoamento de produtos.

Identificar e caracterizar as modalidades de que se reveste o imperialismo no século XIX.

-dominação política,
-dominação económica e financeira,
-dominação cultural.

Explicar o interesse da Europa pelo continente africano na 2ªa metade do século XIX.

Inesgotáveis potencialidades da África em matérias primas.
Identificar e localizar as principais potências coloniais do final do século XIX e respectivos territórios.
Impérios:
Britânico, Francês, Espanhol, Português, Alemão, Italiano, Belga.

Relacionar o esforço português de ocupação territorial, com a Conferência de Berlim.

Mapa Cor de Rosa e a ocupação efectiva do território entre Angola e Moçambique.
Ultimato inglês obriga Portugal a abandonar as pretensões formuladas no Mapa Cor de Rosa.

Materiais

Friday

 


Da Rússia dos Czares à Rússia dos Sovietes




BREVE RESUMO



A Rússia nas vésperas da Revolução. O “Domingo Sangrento”



No início do século XX, a Rússia era um extenso império territorial que se encontrava numa situação de atraso em relação às mudanças ocorridas nos países da Europa ocidental, devido a:

uma monarquia absoluta, chefiada por um imperador, o czar, que concentrava em si todos os poderes;

uma sociedade hierarquizada: a Igreja, a Coroa e os aristocratas possuíam a maioria das terras; os camponeses (cerca de 80% da população) trabalhavam nestas terras e viviam numa situação de miséria extrema; os operários (cerca de 3 milhões) levavam uma vida de miséria e a burguesia, minoritária, tinha pouco poder económico e político;

uma agricultura arcaica de pouca produtividade que era, no entanto, a base da vida económica do país;

uma industrialização incipiente, iniciada apenas no final só século XIX. Os principais centros de comércio localizavam-se nas grandes cidades (Baku, Moscovo e São Petersburgo, entre outros) pois não existiam boas vias de comunicação, de maneira a espalhar o comércio pelo país.



A 22 de Janeiro de 1905 (9 de Janeiro pelo antigo calendário em vigor na Rússia nessa época), domingo, realizou-se uma manifestação em São Petersburgo, capital do império, para entregar ao czar no poder, Nicolau II, uma petição assinada por milhares de trabalhadores que reclamavam:

a melhoria das condições de vida;

o fim da censura;

a constituição de um parlamento (Duma).



A guarda do czar, em resposta à manifestação, disparou sobre os manifestantes, matando milhares de trabalhadores. Este dia ficou conhecido como “Domingo Sangrento”. Em consequência, ocorreram várias greves e surgiram conselhos de operários, de camponeses e de soldados (sovietes) que difundiam ideias revolucionárias. Os sovietes eram controlados pelo partido bolchevique, cuja chefia tinha sido confiada a Lenine, em 1903.



Embora o czar tenha prometido a criação de uma Duma, a existência de partidos políticos e de uma constituição, os revolucionários organizaram uma greve geral em Novembro. Como resposta, os sovietes foram ilegalizados e os líderes da oposição, incluindo Lenine, foram presos e exilados. Das promessas do czar apenas se manteve a Duma, entre 1906 e 1917. Mas esta era controlada pelos aristocratas e pelo czar que tinha o poder de a dissolver.

A participação da Rússia na I Guerra Mundial agravou a situação de miséria do seu povo, não só devido ao elevado número de mortos como também à escassez de alimentos e à subida dos preços.




A Revolução “Burguesa” e a Revolução Bolchevique




A crise económica e a agitação social foram aproveitadas pelas forças revolucionárias para divulgar as ideias liberais e socialistas, desencadeando manifestações e greves por todo o país. A 12 de Março (27 de Fevereiro) de 1917, milhares de manifestantes invadiram a sede da Duma (Palácio Tauride) em Petrogrado (São Petersburgo). Formaram-se dois comités: um constituído pelos deputados moderados da Duma e outro constituído pelos sovietes de Petrogrado. Este acontecimento ficou conhecido como Revolução “Burguesa”, Revolução Liberal ou Revolução de Fevereiro.




A 15 (2) de Março, o czarismo chegou ao fim: o czar Nicolau II abdicou e a Duma nomeou um governo provisório. Institui-se um regime liberal parlamentar. Porém, o novo governo começou logo a ser contestado pelo comité dos sovietes. Estes eram contra a intenção do governo de manter a Rússia na I Guerra Mundial e reclamavam a legitimidade para governar. Lenine, já regressado do exílio em Londres, defendia uma revolução que entregasse todo o poder aos sovietes.



De 6 a 8 de Novembro (24 a 26 de Outubro) deu-se a chamada Revolução de Outubro ou Revolução Bolchevique. A 7 de Novembro (25 de Outubro) a polícia militar bolchevique ocupou pontos estratégicos da cidade, prendeu os ministros do governo provisório e dissolveu a Duma. O poder governamental foi entregue, no dia 8 (26) ao Conselho dos Comissários do Povo, liderado por Lenine. Com esta Revolução iniciou-se um período de profundas transformações políticas.



A Rússia transformou-se numa República Soviética, em que os sovietes tinham mais poder que a Assembleia Constituinte, saída das eleições. Entre as medidas que foram tomadas pelo governo bolchevique encontramos:

paz imediata com a Alemanha (Tratado de Brest-Litovsk);

abolição de toda a propriedade privada, como fábricas, terras e minas, que foram nacionalizadas sem o pagamento de indemnizações aos seus proprietários;

requisição pelo Estado das colheitas agrícolas, exceptuando o indispensável para consumo próprio.



Lenine adaptou, assim, as ideias marxistas e adaptou-as à realidade russa, surgindo, assim, o Marxismo-Leninismo. O seu objectivo imediato era a Ditadura do Proletariado, que seria uma fase de transição para o seu objectivo final – o Comunismo. No Comunismo o operariado seria a classe dominante e todo o poder da burguesia (capital, terras e fábricas) seria transferido para o Estado, sendo que este tinha de garantir o bem-estar de toda a população.




Do comunismo de guerra à NEP. A construção da URSS




As medidas tomadas por Lenine conduziram a Rússia a um período de guerra civil (1918-1920) entre os defensores do antigo regime (russos “brancos”), que contavam com o apoio de países como a França, a Grã-Bretanha e os EUA, que receavam a expansão das ideias revolucionárias, e os defensores do actual regime (russos “vermelhos”).



A guerra civil e a forte oposição externa levaram Lenine a radicalizar as suas posições, adoptando um “comunismo de guerra” (1918-1921), tomando várias medidas, tais como:



a proibição de outros partidos políticos, além do Partido Comunista-Bolchevista;

a instauração da censura;

a constituição de uma polícia política – Tcheka;

a perseguição, a prisão, a tortura e a morte dos adversários políticos.



A guerra civil terminou em 1920, com a vitória do Exército Vermelho (russos “vermelhos”) e arruinou o país. O “comunismo de guerra” contribui para aumentar o descontentamento da população, surgindo revoltas, greves e manifestações. Por isso, Lenine implantou a Nova Política Económica (NEP), retornando ao “capitalismo limitado por um tempo limitado”.
Com a NEP, embora o Estado continuasse a controlar os principais sectores da economia, este permitia:

pequenas unidades privadas de produção agrícola e industrial;

a entrada de capitais e técnicos estrangeiros;

alguma liberdade de comércio, como por exemplo, a venda livre de produtos agrícolas.



Com a implementação da NEP, os níveis de produção aumentaram e, consequentemente, permitiu a melhoria das condições de vida da população e estabilidade política.



Em 1922, para atrair os povos que tinham sido anexados à Rússia e que possuíam etnias, línguas, costumes e religiões diferentes para o “espírito bolchevista”, Lenine conseguiu que fosse aprovada a fundação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).


A sua Constituição, aprovada em 1923, estabeleceu a Federação de Estados e reconheceu as diferentes nacionalidades e a diversidade cultural.

Thursday

Tempos de Revolução

A Revolução Russa

Propaganda e Realidade

Propaganda Branca mostrando trotsky como um impiedoso sanguinário Judeu (1918)



Propaganda Vermelha mostrando Trotsky derrotando o dragão do Capitalismo


Rússia 1920

Revolução Russa (Esquema Conceptual)


Da Rússia dos Czares à Rússia dos Sovietes

Nas vésperas da revolução soviética, a Rússia constituía, tanto do ponto de vista social, como económico e político, uma sociedade de Antigo Regime. O agravamento das dificuldades do regime czarista e da população em geral, durante a 1ª Guerra Mundial, ajudam a explicar a Revolução de 1917.
Entre avanços e recuos (revolução liberal de Fevereiro, revolução bolchevique de Outubro, a nacionalização de toda a economia, de novo a privatização), a Rússia transformou-se em U.R.S.S. ainda antes de Lenine morrer (1924). Sucedeu-lhe Estaline, que vai dominar o P.C.U.S. (Partido Comunista da União Soviética) e a U.R.S.S.( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) até 1953, ano da sua morte. O Regime, esse, continuaria até 1991.

O Comunismo de Guerra




Vladimir Illich Ulyanov (Lénine) discursando às massas

Os Bolcheviques tomaram o poder através de uma contra-revolução, um golpe de estado, em Outubro de 1917. Depois de 1918, os seus adversários políticos foram a facção Menchevique, os Csaristas, antigos oficiais zangados com a retirada da Rússia da Guerra e a perda de vastos territórios ( Polónia e Finlândia ), os grandes proprietários a quem Lenine havia nacionalizado as terras, americanos, franceses e ingleses que temiam revoluções comunistas por todo o lado e enviaram tropas e ajuda aos Brancos ( Mencheviques) para derrotarem os Bolcheviques.
Na guerra civil que se seguiu , Lenine irá tomar uma série de medidas que ficarão conhecidas por Comunismo de Guerra:
- nacionalização de todos os meios de produção,
- proibição dos partidos políticos (com excepção do partido comunista-Bolchevique)
- estabelecimento da censura criação da policia política, a polícia da revolução -a Tcheca,
- perseguição tortura e assassinatos aos adversários políticos...

O horror e a miséria que a Rússia sempre havia conhecido, estavam para durar.
Cartaz de propaganda bolchevique mostrando a interferência das potências estrangeiras no conflito
1919

A Revolução Bolchevique

A partir da observação da caricatura caracteriza a revolução de Outubro de 1917.

Sinopse




Explica a eclosão da Revolução de Fevereiro de 1917, na Rússia .

Tuesday

Cicatrizes da 1ª Guerra Mundial


Mesmo depois de passados 100 anos , ainda são visíveis os estragos que o rebentamento de bombas fizeram nas paisagens do norte da França






Saturday

Guerra de Posições ou das Trincheiras

2ª Fase - 1914 a 1917


Otto Dix- Trincheiras


Características:

• Em Nov/Dez 1914 tem início a guerra de trincheiras:os avanços são poucos, as condições são duríssimas e as mortes são muitas

• Utilização em larga escala de tanques e metralhadoras

• Bombardeamento por parte da aviação de cidades e tropas

• Estados Unidos  declaram oficialmente sua neutralidade


Colonialismo e 1ª Guerra Mundial

Cronologia e Fases da I Guerra

Sintese Esquemática


Friday

Hegemonia Europeia





No início do século XX, a Europa encontrava-se no apogeu da sua força: era a primeira potência industrial, comercial e financeira. Colocara sob o seu domínio a maior parte de África e da Ásia. No entanto, passou a ter que enfrentar dois novos concorrentes: os Estados Unidos e o Japão.

As rivalidades económicas e as tensões nacionalistas conduziram o continente europeu a um longo e mortífero conflito armado, a 1ª Guerra Mundial (1914-1918).

Os Impérios Coloniais em finais do séc. XIX

Na 2ª metade do século XIX vários países industriais europeus expandiram-se para outros continentes, em particular para África, por ra­zões económicas, políticas e culturais.
Em 1884-18851 na Conferência de Berlim, estabeleceu-se o princípio da ocupação efecti­va do continente africano. Então, formaram-se vastos impérios coloniais, com destaque para os da Inglaterra e da França.

Impérios Coloniais