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Síntese Esquemática


Quando a Europa retomava a prosperidade, interrompida pela Primeira Guerra Mundial e as dificuldades que se lhe seguiram, sofreu os efeitos da violenta crise que se abateu sobre a economia mundial. As crises económicas do sistema capitalista não eram desconhecidas, mas nunca como nos anos 30 as suas consequências foram tão devastadoras. Os seus primeiros sintomas registaram-se nos Estados Unidos e foi a amplitude que atingiu nesse país que, comunicando-se ao resto do mundo, levou à paralisia do comércio mundial, à quebra da produção e à agudização dos conflitos sociais e políticos numa Europa ainda mal refeita do desastre humano e económico que tinha sido a Primeira Guerra.
Ficaram então patentes as fragilidades das democracias liberais: em primeiro lugar, porque não foram capazes de impedir ou mesmo limitar os efeitos da crise económica; em segundo lugar, porque, em muitos casos, não conseguiram resistir às forças antidemocráticas que no seu seio acabaram por impor regimes ditatoriais.
Nos países em que se mantiveram as instituições democráticas existiu também uma reformulação do papel do Estado que passou a assumir maiores responsabilidades na definição e condução da vida económica, face à incapacidade das empresas de, por si sós, promoverem o relançamento da economia. Na União Soviética, onde nos anos 30 o Estado era senhor de toda a produção reduzindo quase a zero a iniciativa privada, os efeitos da crise foram praticamente nulos dada a sua fraca integração na economia mundial, registando-se até um assinalável crescimento da produção industrial. Mas aí acabou-se por se instalar também uma ditadura que, em nome do proletariado, reprimiu ferozmente todas as suspeitas de oposição. Foi neste quadro de fortes clivagens ideológicas e políticas e de crise económica que se desenvolveram as forças, à cabeça das quais se encontram as políticas agressivas e imperialistas dos Estados fascistas, que conduziram à Segunda Guerra Mundial.

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