"Faça-se uma estatística séria e ela nos dirá, por colunas de algarismos, quanto é grande e triste a ignorância das populações da nossa terra. (...) A República deve sentir quanto é difícil dirigir um povo neste estado tão rudimentar e primitivo. " (1)
"O Governo decretou a criação de novas escolas primárias; mas como as despesas ficaram a cargo dos municípios, que não têm capitais para tanto, os decretos ficaram sem efectivação prática. O mesmo sucede com o ensino secundário. (…) O ensino superior está mais desorganizado do que nunca, mercê de reformas feitas à pressa e do desinteresse de uma juventude indisciplinada. Resta, para que alguma coisa mude, a boa vontade dos professores." (2)
"Democratizar a escola é tirar o exclusivo do acesso às altas carreiras universitárias aos filhos dos ricos, é sobretudo facilitar esse acesso aos filhos dos pobres que nasceram com talento." (3)
(1) O Ocidente, nº 1159, de 1911 (art. João Prudêncio)
(2) Léon Poinsard, Portugal Ignorado, 1912
(3) António Sérgio, Antologia I, 1924
(2) Léon Poinsard, Portugal Ignorado, 1912
(3) António Sérgio, Antologia I, 1924
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